segunda-feira, 29 de setembro de 2014

VIVER EM SOCIEDADE

Sei que a frase seguinte é um "lugar comum", uma frase feita que todos conhecem, mas que no fundo, poucos praticam: " A liberdade de uns termina, quando colide com a liberdade de outros".
No entanto resolvi reproduzi-la uma vez que, ao que parece na nossa Sociedade, ainda há quem pense que pode ter toda a liberdade, mesmo que ela possa prejudicar os outros. E, não sei porquê, Moura é uma cidade onde esse tipo de atitude parece já vulgarizada.
 
As situações são tantas (estacionamento em cima dos passeios, acessos a propriedades privadas  impedidos por automóveis, ruas trancadas com carros, etc., etc.) que seria impossível referi-las todas num pequeno texto.
 
Tentarei referir apenas uma que me parece menos visível e que, julgo eu, mais dia menos dia, terá que vir a ser reprimida por quem de direito.
 
É o caso de algumas pessoas que julgo pertencerem a alguma organização de proteção de animais, ou então, mesmo que não o sejam, se comportam "mais ou menos" como tal.
 

É quase comevedor ver essas pessoas a alimentar gatos, cães, pombos, nos espaços públicos - quase sempre bem longe das suas moradas - a horas certas, de tal modo que os referidos animais, acorrem de todos os lados, num frenesim para apanhar o melhor bocado e maior quantidade de comida que conseguirem.
Óbviamente que não tenho nada contra os referidos animais. Eu próprio trato dos meus.
A grande diferença é que eu trato dos meus, num espaço próprio, também meu e não em áreas públicas.
Terminado o repasto, todos desaparecem até ao dia seguinte, à mesma hora. A pergunta que se impõe é: para onde é que todos esses animais vão, entre uma e outra refeição?
Todos já percebemos que são animais "meio avadiados", ou até mesmo, vadios.
Essa situação pode levantar questões relacionadas com a possibilidade de serem portadores/transmissores de algumas doenças que, eventualmente, se possam propagar até aos humanos.
Se nos lembrarmos que existem vários jardins públicos em Moura, frequentados por pessoas, em especial crianças, onde esses animais, dormem, se rebolam e fazem as suas necessidades, o caso leva-nos a ter alguns cuidados e receios.
No entanto, existem leis gerais e regulamentos municipais, que não são minimamente respeitados e parece não haver quem os aplique, fiscalize e faça respeitar.
 
E é aqui que entra a frase inicial deste pequeno texto.
 
Quem não gosta, ou não pode ter, ou é alérgico a determinados animais, não pode ser obrigado a conviver com eles em espaços que são mantidos com os seus próprios impostos.
Este tipo de pessoas, deve ter o direito de ver a sua liberdade respeitada.
Os outros, os "amigos dos animais", podem continuar a cuidar deles mas, em locais de sua pertença, onde lhes seja possível não só alimentá-los, mas também, mantê-los em condições de higiene e boa saúde.
 
 

Quanto àqueles que levam os seus animais a passear, seria de muito bom tom que apanhassem o que eles sujam e não os deixassem (basta um pequeno toque de trela) fazer onde eles bem lhes apetece, em especial nos carros dos vizinhos, à porta dos mesmos, na relva do jardim, etc.
 
Isto sim, seria VIVER EM SOCIEDADE.

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