terça-feira, 9 de setembro de 2014

POMBOS NA CIDADE



Algumas aves, e não apenas os pombos, privadas dos seus meios de eleição, perante o declínio da agricultura, abandonado muito do espaço rural, eliminados alguns ecossistemas críticos, como aconteceu com a limpeza das margens dos rios Ardila e Guadiana, destruindo por completo o arvoredo e os arbustos que lhes davam abrigo — procuram refúgio em território urbano.
 
Na cidade não se caça e os efeitos de pesticidas é praticamente nulo. 
Assim, muitas aves e, em especial os pombos – mas também a rola-turca, melros, pardais, entre outros - encontraram, com a colaboração do homem, condições ótimas na cidade, onde encontram alimento fácil, abrigo e locais de nidificação.
Por isso, a quantidade de pombos, tem aumentado e atingido números preocupantes, quer para a limpeza de monumentos e habitações particulares, quer por problemas ligados à grande possibilidade de transmissão de doenças.
 
É óbvio que se impõe uma boa dose de bom senso, sem descurar que é necessário controlar as populações de pombos, tentando contrariar uma proliferação excessiva.
As condições higiénicas e sanitárias devem ser monitorizadas.
 
O crescimento das populações de pombos pode e deve ser controlado, utilizando técnicas de controlo da sua reprodução, através de uma alimentação específica para o efeito.
 
Não sou dos que defendem que os pombos são o principal problema ambiental das cidades. Isso seria inaceitável, tendo em consideração outros poluidores bem conhecidos, como por exemplo os veículos a motor (carros, motos, camiões, aviões, etc.), mas não me agrada ver ruas, prédios, monumentos, completamente conspurcados com os dejetos desses animais, penas a esvoaçar por todo o lado e ervas daninhas a crescerem nos telhados.
Não tenho o conhecimento técnico necessário para sugerir o que deverá ser feito mas, não me parece haver dúvidas que alguma coisa se deverá fazer.
Mesmo assim, podem ter a certeza que haverá sempre pombos nas cidades.

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