Barragem de Alqueva: vista parcial do Grande Lago |
Aplaudo com agrado a iniciativa do grupo investidor e faço votos para que tenham tanto sucesso que os leve a investir noutros concelhos alentejanos, como por exemplo, em Moura.
Os prometidos investimentos no concelho de Moura, quer por parte da EDIA, quer por parte de alguns investidores privados, que até tiveram o apoio (e muito bem) da Câmara Municipal de Moura, parece terem morrido antes de nascerem.
O sítio dos "Pardieiros", o "Monte dos Ratinhos", as instalações da EDIA, já existentes e certamente com uma manutenção dispendiosa, a "Herdade da Defesa de S. Brás", entre outros, não passaram até agora de meras promessas, embora algumas delas tenham obtido o estatudo de projecto PIN - Projecto de Potencial Interesse Nacional.
A falta de apoio ao funcionamento da "Marina de Alqueva", apenas conhecida por ser anunciada nos sinais de informação de trânsito, sem um mínimo de condições para quem a pretenda utilizar, onde a rampa varadouro, para acesso das embarcações à água se encontra em péssimas condições, com o piso cheio de buracos e pedras soltas, sem apoios sanitários, onde apenas uma "meia dúzia" de barcos pagam para permanecer ancorados, vai sobrevivendo com base no esforço de uma pequena empresa privada, que organiza passeios turisticos de barco, divulgando as belezas do Grande Lago.
A margem esquerda da Barragem de Alqueva tem melhores condições topográficas para a criação de uma marina com todas as condições do que as que foram encontradas pelos investidores em Amieira, mas é em Amieira que ela existe e não em Moura... Por isso pergunto no título deste texto: "O que se passa contra Moura?", será que se passa algo que a maioria de nós desconheçamos? Será que existem impedimentos burocráticos, ou outros, que afastam os investidores daqui? Ou será que os investidores não acreditam na viabilidade dos investimentos na "margem esquerda do Guadiana"? Que tipo de prospeção e de divulgação tem sido feita junto dos operadores turísticos?
Pois é, ouço dizer constantemente que "o Alentejo está na moda", mas se a moda é a do aumento da desertificação, do desinvestimento, da retirada de equipamentos sociais importantes, do abandono gerneralizado... Se a moda é apenas relacionada com a gastronomia, com os bons terrenos de caça e das boas zonas de pesca... Se a moda é apenas continuar a usar os Alentejanos como os "bombos da festa" das anedotas... Então eu prefiro estar "fora de moda"!
"ON A CLEAR DAY YOU CAN SEE FOREVER" - Este foi o último "grande investimento" feito na "margem esquerda" da Barragem de Alqueva. Por amor de Deus!... Que boa prenda deram aos Alentejanos e a Moura, e logo em inglês. Talvez mesmo com a intenção de que eles não percebessem o que "aquilo" quer dizer e ficassem boquiabertos a olhar para o tamanho enorme das letras em chapa de ferro...
Pois até agora não sabemos o que que é que "poderemos ver num dia claro e para sempre"... o que continuamos a ver, isso sim, é que os visitantes da Barragem, tem que almoçar ou em Alqueva, ou em Amieira ou em Moura, que está a 12 kilómetros de distância, porque no local, só se levarem o farnel, as mesas, as cadeiras, a geleira e o café....
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