quarta-feira, 28 de maio de 2014

CICLO DE HISTÓRIA LOCAL E REGIONAL EM REGUENGOS DE MONSARAZ

O Centro Local de Aprendizagem (CLA) da Universidade Aberta (UAb) em Reguengos de Monsaraz promove o Ciclo de História Local e Regional, em parceria com a Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz e apoiado por diversas entidades.
O Ciclo, que decorre de junho a dezembro de 2014, possibilita palestras, jogos, caminhadas e ambiciona despertar a atenção da comunidade para questões históricas, estimulando na população uma relação de identidade mais estreita e profunda com o território.
"O povoamento da região de Reguengos nos IV e III milénios a.C." é a primeira sessão do Ciclo e realiza-se no dia 14 de junho de 2014, às 16 h, na Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz. Tem a forma de palestra e é dinamizada pelo professor doutor João Luís Cardoso, Presidente do Conselho Científico da UAb e Catedrático em Arqueologia.
Esta sessão destina-se a pessoas que tenham gosto e curiosidade por História e especificamente por questões da História Local e Regional; agentes do desenvolvimento local; comunidade em geral; estudantes; professores e todos os interessados na temática.
Esta iniciativa, de entrada gratuita, tem inscrição obrigatória em https://docs.google.com/forms/d/1vWefUpXC1Me1P_TluVLVlW-prCFeNBmuGHFg2DEewsM/viewform, devido à gestão de sala. A participação na ação permite a obtenção de certificado.

Para mais informação, por favor contacte:
CLA da UAb em Reguengos de Monsaraz
Rua da Caridade nº 17, 1º andar – 7200 Reguengos de Monsaraz

cla_regm@uab.pt | 266 503 313 | 915 676 324

 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

FESTEJAR A VITÓRIA?


Ao que parece ainda há muitos Socialistas ou simpatizantes do Partido Socialista que acham que a vitória obtida nas Eleições Europeias do dia 25 de Maio de 2014 (ontem), é uma situação para ser festejada. Sinceramente, não me parece que haja motivos para festejar. Registar a vitória, sim!
Ficar em primeiro é sempre melhor do que ficar em segundo ou em último. Obviamente.
Uma vitória por uns décimos de segundo, numa corrida de velocidade de 100 metros, é uma grande vitória mas, se for numa maratona de 42 quilómetros, esses mesmos décimos de segundo, não tem o mesmo “sabor”.
Serão sempre motivo para analisar o que poderia ter corrido melhor.
Não foi apenas pela crise instalada, nem pela enorme emigração registada (cidadãos recenseados mas ausentes e sem condições para votar), que a abstenção atingiu o mais elevado valor de sempre - 66,1%.
Na verdade, parece-me que o péssimo desempenho dos políticos, tanto em Portugal como na Europa nos últimos anos, fizeram com que as pessoas se sentissem postas à margem e que se apercebessem – mais uma vez - que só se lembram delas para lhes pedir o voto, o que levou à esmagadora vitória da Abstenção.
Por outro lado, o péssimo desempenho das forças políticas que se apresentaram a sufrágio ao longo da campanha, foi uma vergonha, onde não se debateram ideias para a Europa mas, outro sim, se enveredou pelo caminho da maledicência, da tentativa de denegrir a imagem uns dos outros e da falta de ideias novas e motivadoras para os eleitores. Uma vez mais, foi “mais do mesmo”.
É claro que, quanto maior for a força política, isto é, quanto mais militantes e simpatizantes tiver uma determinada força política, mais nela se reflete a dimensão da abstenção.
Parece-me ser o caso do Partido Socialista que, para além do reflexo da abstenção, terá perdido alguns votos do seu sector mais à esquerda, beneficiando, eventualmente, a CDU e até mesmo o MPT de Marinho e Pinto.
Felizmente que estas eleições não se destinavam a eleger o nosso Parlamento nem o Governo de Portugal, o que, com os resultados obtidos, iria provocar uma “mixórdia” de partidos em coligação onde seria praticamente impossível que existisse algum entendimento.
A mim, enquanto militante socialista, esta vitória nas eleições europeias, deixa-me um certo “amargo de boca” e acho que os dirigentes socialistas nacionais deverão analisar ao pormenor estes resultados e tentar mudar o que for necessário nas suas atitudes, nos seus discursos, nas suas formas de tentar fazer com que os portugueses e as portuguesas acreditem que o PS é mesmo a melhor alternativa.
Mas que vai ser uma tarefa muito mais difícil daqui para a frente, lá isso vai.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Abstenção nas Eleições (Europeias ou Outras)

Como podem os Governantes - todos, com raríssimas excepções - querer que as pessoas acreditem neles, lhes deem o seu voto, se eles actuam, quase sem excepções, de má-fé, nas medidas e decisões que tomam?
Os exemplos são "mais que muitos", mas há alguns que se tornaram vergonhosos (para quem tem vergonha, é claro).
É o caso do aumento dos rendimentos de deputados e membros do governo que, ao mesmo tempo que impunham uma crise sem precedentes a quase toda a população, aumentavam os seus rendimentos e benesses, já de si inaceitáveis para a situação do país. E depois, quando falam dos últimos três anos de sacrifícios, tem o descaramento de se autoíncluir nos "sacrificados", utilizando o plural, como por exemplo quando dizem:
 "... não podemos desperdiçar os três anos de sacrificios que todos (?) passámos..."
como ouvimos dizer a um dos candidatos, cabeça de uma lista para o Parlamento Europeu e militante de um dos partidos no actual poder.
Como querem que as pessoas acreditem nos políticos, se eles apenas reconhecem que o Estado para ter bons gestores, terá que lhes pagar bem, de preferência melhor do que no sector privado, para que eles prestem um bom serviço ao país?
E no que toca a todos os Funcionários Públicos (sou contra a designação "Contrato de Trabalho em Funções Públicas") já não interessa pagar-lhes bem para que eles tenham um bom desempenho? Então basta ter bons(?) gestores, mesmo com maus trabalhadores, e tudo corre sobre rodas? Mesmo que esses trabalhadores não ganhem o suficiente para as suas despesas básicas, incluíndo a alimentação, a tal ponto que quase não tenham forças para desempenhar as suas tarefas?
O Estado é a maior empresa e o maior empregador, na maioria dos países do Mundo. Os seus trabalhadores são, quer queiram quer não, chamem-lhes os nomes que quiserem, Funcionários Públicos, e não outra coisa qualquer, tal como os outros são funcionários da empresa "x" ou "y". E o Estado deveria fazer de tudo para ter trabalhadores satisfeitos, motivados e orgulhosos em "servir o País" através do melhor desempenho das suas funções públicas.
Se assim fosse e se as promessas feitas fossem cumpridas, poderia ser que os portugueses participassem mais na vida pública do país e acreditassem mais na política. De outro modo, não se admirem que a grande vencedora de todas as eleições - estas ou outras que venham a seguir - seja a ABSTENÇÃO.