quinta-feira, 16 de outubro de 2014

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

16 / OUTUBRO
"O Dia Mundial da Alimentação, celebrado a 16 de outubro, em mais de 150 países, tem este ano como tema “Agricultura Familiar: Alimentar o mundo, cuidar do Planeta”, com o objetivo de chamar a atenção para a agricultura familiar, como por exemplo, as hortas comunitárias, e para os pequenos agricultores".
In (http://intranet/Paginas/Default.aspx), ULSBA,16 de Outubro de 2014. 

É natural que, um serviço de saúde como é a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), comemore o DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO e dê corpo a algumas iniciativas para assinalar a data.
 
No entanto, extrapolando estas comemorações para o nível Nacional, já não me parece tão normal que a agricultura familiar e a que é praticada por pequenos agricultores, venha agora a ser alvo de incentivos, quando foi literalmente morta pelos mesmos decisores que agora a querem relançar.
 
Os produtos alimentares produzidos numa agricultura familiar, numa horta comunitária e, na maioria dos casos, por pequenos agricultores, não são suficientes para o consumo dos seus produtores, quanto mais para "alimentar o mundo, e cuidar do Planeta".
 
Os que optam por produzir este tipo de alimentos (alface, couve, tomate, batata, etc.), precisam também de outros que não conseguem produzir, como são por exemplo, as massas, o peixe, algumas carnes, medicamentos, etc., etc.
 
Então, a solução que alguns ainda experimentaram, foi a de produzir um pouco mais do que lhes era necessário para o seu próprio consumo e vender o excedente, gerando assim alguma receita para poderem obter os produtos que não conseguissem produzir.
 
Foi aí que "estragaram tudo" e é aí que reside a hipocrisia de muitos responsáveis governamentais.
 
Para que podessem gerar essa pequena receita, teriam que se coletar nas Finanças - essa sanguessuga -, pagar a um contabilista que lhe organizasse a "escrita", passar faturas e recibos aos seus eventuais clientes, enfim, comportarem-se como bons contribuintes.
 
Ora isso fez com que, muitos deles, resolvessem abandonar de vez a pequena agricultura e a agricultura familiar.
 
Quanto às hortas comunitárias, que funcionam mais em cidades maiores, lá se vão mantendo, umas por necessidade de diminuir as despesas mensais, outras porque passou a ser "chique" ir para a horta....
 
Não me parece que a Economia do país sofresse assim tanto, se os que sobrevivessem da agricultura familiar, não pagassem impostos sobre "meia dúzia" de alfaces ou de tomates que eventualmente vendessem aos vizinhos.
 
Parece-me que assim, não daremos um grande contributo para Alimentar o mundo e cuidar do Planeta.
 

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