quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PARABÉNS ALENTEJO! PARABÉNS CANTADORES ALENTEJANOS!

Cante é Património Cultural Imaterial da Humanidade

27-11-2014 12:49:50
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Agora sim, já está!



Paris, 27 de novembro
Crónica de Paulo Barriga

Eram precisamente 11 horas e 17 minutos em Paris (menos uma em Portugal) quando o presidente da nona sessão do comité intergovernamental de salvaguarda do património cultural imaterial da Unesco bateu com o martelo na mesa. O cante alentejano já está inscrito na lista patrimonial da Humanidade.

A grande verdade é que, excetuando a referência horária, o parágrafo atrás já estava escrito antes do anúncio. Por precaução. Já imaginava que me faltariam as palavras para descrever o que hoje se passou na sala grande da Unesco, em Paris. E elas ainda me faltam, tal a emoção, a desordem, a comoção que ainda agora me assalta. Para tanto, bastou apenas uma palavrinha, “adotado”. Foi adotado o projeto de decisão 9.COM 10.35. Aquele que mostrou ao mundo a grandeza, a beleza, a perenidade do cante alentejano. Aquele jeito de cantar que o mundo inteiro aplaudiu de pé na sala das nações da Unesco.

E depois, as palavras. Primeiro as do presidente da sessão, “uma candidatura exemplar”.Depois da embaixatriz do Brasil em Paris, que se associou com “alegria e emoção” ao reconhecimento dos cantares alentejanos. E, por fim, as do embaixador Morais Cabral que, em nome da comitiva portuguesa, agradeceu a inscrição do cante da lista do património cultural imaterial da Humanidade, ressalvando a importância deste ato para a salvaguarda da mais emblemática e representativa expressão cultural do Alentejo.


Mas o melhor ainda estava para vir. De repente, sobre o palco da Unesco, uma voz começa a levantar-se sozinha, a de Carlos Arruda, logo acudida pelas restantes 20 vozes do Grupo Coral e Etnográfico de Serpa. E como é que hei de contar a beleza deste momento histórico sem me comover novamente? À minha frente, dentro de uma grande nave-anfiteatro, está o mundo inteiro, pasmado, a escutar os 21 homens que vieram de Serpa cantar a moda “Alentejo, Alentejo”. A canção é poderosa, já o sabemos, mas nesta circunstância particular parece que é arrancada bem lá das entranhas da terra. Como se fosse um abalo, um terramoto de harmonia. De perfeição. Poderoso. Obra do divino.

Escrevo estas palavras, à pressa, o tempo joga contra nós, junto aos camaradas da Antena 1 e da TSF. Estou com eles metido dentro de um aquário de vidro com vista para a sala. Tenho-os escutado, aos radialistas, ao longo destes dias, a tentar descrever a grandeza do espaço onde decorre até sexta-feira esta sessão. Grandioso. Imponente. Majestoso. Adjetivos, todos eles, que se tornam insuficientemente pequenos para narrar com o rigor que o momento exige, a atuação do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa, em homenagem ao mundo inteiro. Principalmente agora que as suas modas, que todas as modas, que todos os cantadores do Alentejo, dentro e fora dele, são património da Humanidade.

Não tarda estamos todos de regresso ao Alentejo, à pátria do cante, onde imagino que a emoção tenha sido tão igualmente vigorosa, quanto aquela que aqui nos estremeceu. Nunca, em toda a minha vida, tinha visto tanto “homem feito” com as lágrimas a correrem-lhes pelas faces, atacados pela felicidade, como hoje vi em Paris. E como, por certo, terá acontecido com todos os amigos do cante. Por esses campos fora. Por esse mundo fora.
 
in Diário do Alentejo, edição on line, quinta-feira, 27 de Novembro de 2014.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A chamada «queda do muro de Berlim»

"A pretexto da passagem de 25 anos sobre a chamada «queda do muro de Berlim» está a ser levada a cabo uma campanha anticomunista de intoxicação da opinião pública".
 
Pode ler o artigo completo na Edição Nº 2136 do Jornal «Avante!», em http://www.avante.pt
 
 
 
Vale a pena ler com atenção esta "pérola" da literatura comunista, sobre a qual, Francisco Assis, Eurodeputado pelo PS, escreveu um artigo de opinião no Jornal "O Público" de 13/11/2014, do qual extraímos o parágrafo seguinte.
 
"André Fontaine não imaginaria em 1990 que no extremo ocidental da Europa, vinte e quatro anos depois, seria possível a emissão de uma nota oficial desta natureza. Nem ele, nem praticamente ninguém".
 
Francisco Assis - Eurodeputado do PS, in Jornal O Público de 13/11/2014.
 
Lei-a o artigo de opinião completo em http://www.publico.pt/n1676064